Para aqueles que são usuários assíduos dos apps de transporte, é possível notar que o tempo médio para chamar um carro de corrida aumentou drasticamente. Mas, você sabe porque isso está acontecendo?
Conforme a Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo – AMASP -, aconteceu uma diminuição no número de motoristas em 25% nesse ano, porém, a maior empresa dessa categoria, que é a Uber, ainda não admite essa queda.
Mas, há grandes sinais de que as empresas desses apps estão assustadas com esse acontecimento, visto que a Uber e a 99POP anunciaram nas últimas semanas os reajustes necessários para pagar os motoristas, sem ter impacto direto no valor que é cobrado do consumidor, sendo assim, foi registrado um aumento de até 35% para esses trabalhadores do ramo.
Aumento de desemprego
![O que tem afastado, cada vez mais, os motoristas dos aplicativos de corrida? O que tem afastado, cada vez mais, os motoristas dos aplicativos de corrida?](https://www.motoristasdeaplicativos.com.br/wp-content/uploads/2021/09/images-2.jpg)
Os aplicativos de corrida, durante muito tempo foram e continuam sendo uma saída para aqueles que estão desempregados, ou, querem complementar a renda.
No início, eram vários os incentivos para esses trabalhadores, principalmente porque os custos não eram tão altos como atualmente, porém, com o passar dos anos, houve um aumento considerável dos motoristas cadastrados, gerando uma desvalorização do serviço prestado.
Conforme informado pela Uber, a taxa de serviço que era cobrada para os motoristas tinha o valor em 25%, porém, após o ano de 2018, se tornou variável, levando mais flexibilidade para usar demais descontos para os parceiros da empresa.
Segundo a empresa, o motorista é quem possui a maior parte do pagamento, porém, esse é um assunto que ainda gera muitas dúvidas, visto que dependendo da corrida, esse índice pode subir ou diminuir.
Crise diminui trabalhadores de carros de corrida
A crise econômica da qual o Brasil está passando no Governo de Jair Bolsonaro, acabou tendo impacto direto na rotina dos motoristas de apps.
Isso porque com o grande aumento dos valores dos combustíveis, muitos trabalhadores estavam pagando para trabalhar, o que aumentou drasticamente o número desistências para esse serviço alternativo.
É importante destacar que ainda existem os custos incluídos em casos de imprevistos como acidentes de trânsitos, carro quebrado, peça estragada, pneu furado, além dos custos com seguros, aluguéis dos veículos e demais detalhes.
A gasolina teve um aumento de 51% no Brasil nesse ano, o que não condiz com a condição financeira dos motoristas dos apps.
A Uber também informou por meio de nota, de que aconteceu o reajuste dos valores em várias cidades, ademais, foi feita uma parceria com uma rede de postos, de modo a diminuir os valores dos combustíveis para aqueles que estão cadastrados no app, sem falar nas promoções exclusivas de chip e planos de celulares, visto a necessidade de estar sempre conectado para angariar novas corridas.
Problemas de recolocação no mercado de trabalho
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Muitos dos motoristas que desistiram dos aplicativos de transporte tem relatado grande dificuldade para voltarem ao mercado de trabalho, principalmente pela falta de registro na CLT ou de experiência, o que não ajuda nem um pouco durante os processos de recrutamento.
Outro fator que tem influenciado a saída dos motoristas das empresas é a nova exigência municipal de algumas cidades, onde os carros registrados no app só podem ter no máximo 10 anos desde a data de fabricação.
O ganho médio mensal de um motorista de Uber é de R$2 mil, sendo assim, quase impossível conseguir financiar ou trocar de veículo por um modelo mais novo que se encaixe dentro dos padrões solicitados.
Outro grande problema do qual tem sido polêmico é a falta de vínculo empregatício com a empresa e demais benefícios básicos do trabalhador, como é o caso das férias, do 13º salários, além dos custos da depreciação do veículo usado, principalmente no caso daqueles que são proprietários do mesmo.
De acordo com a própria Uber, os motoristas parceiros não são empregados e nem prestam nenhum tipo de serviço para a companhia, visto que são classificados como profissionais independentes que apenas usam da tecnologia do app para terem acesso as viagens ali registradas.
Assim, não há nenhum tipo de subordinação, contando com o fato de que a Uber não controla seus motoristas, dos quais tem liberdade para trabalharem quando ou como quiserem.
Esses são apenas alguns dos fatores que causaram o êxodo dos motoristas das plataformas, continue acompanhando nosso site para receber mais conteúdos como esse e ficar sempre muito bem informado.
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